Terça-feira, 31 de Agosto de 2010
Francisco José Galopim de Carvalho nasceu em Évora a 16 de Agosto de 1924 e morreu em Lisboa no dia 31 de Julho de 1988, é mais conhecido como Francisco José.
Foi na festa de finalistas do liceu que frequentou, que se deu a sua estreia quando se apresentou no Teatro Garcia de Resende, com a interpretação do tema "Trovador". Passou de amador a profissional aos 24 anos, vendo-se obrigado a interromper o 3º ano do curso de Engenharia que frequentava na altura, acabando por não o terminar. Em 1948, compareceu no Centro de Preparação de Artistas da Rádio, tendo cantado as canções "Marco do Correio" e "Marina Morena". A partida para a internacionalização aconteceu em 1951, ano em que se deslocou a Madrid para gravar "Olhos Castanhos", e mais tarde "Sou Doido Por Ti", "Deixa Falar O Mundo" e "Ana Paula". Os seus maiores sucessos foram as baladas românticas "Olhos Castanhos", lançada em 1951, e "Guitarra Toca Baixinho", em 1973.Com uma carreira maioritariamente construída no Brasil, o cantor Francisco José deparou-se com alguns contratempos quando, em 1964, se deslocou a território português e, num programa gravado em directo, acusou a RTP de pagar miseravelmente aos artistas nacionais, no fim da sua actuação na RTP revelou o escândalo em directo, e a transmissão foi imediatamente cortada. Levado para a sede da PIDE, o cantor foi interrogado, e obrigado a responder em tribunal por "injúria e difamação", depois de lhe ter sido movido um processo. Depois mais tarde volta a ter problemas, de passagem por Portugal, a sua relação conflituosa com a PIDE terminou com uma interdição para sair do país, pelo que esteve dezasseis anos sem cantar na televisão portuguesa. 
No entanto, os discos continuaram a chegar ao mercado na década de 70, e a ser recebidos pelo público com grande satisfação. Depois de gravado o último single, "As Crianças Não Querem A Guerra", o cantor envolveu-se na política activa mas, em meados de 80, regressou à música. Quando começou a cantar, ja finalista do curso, foi inscrito num programa da radio que existia na altura, de Igrejas Caeiro, por colegas de curso, foi também paralelamente á sua carreira de cantor, professor Universitário, cargo que tinha na altura da sua morte. Francisco José faleceu a 31 de Julho de 1988, vítima de um acidente vascular cerebral. Francisco José e as canções que ninguém esquece.
"Recordações de Uma Vida"